sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Fanfarra das artes

Comissão pró-enearte apresenta:

FANFARRA DAS ARTES
1º Semana: Segurança e Arte

Dia 03/09 - Escola de Teatro
18 h - MESA: Segurança e arte

Dia 04/09 - Escola de Música
19 h - Mostra: Cangaço Urbano (Música), Natuêre (Música), Andarillos (Música), BAC1 (Dança), Estações (Dança) e várias performances artísticas !

05/09 - Escola de Dança
18h - Oficina: "Corpo reprimido, corpo repulsivo", ministrada por Thiago Enoque

Entrada gratuita !
Inscrições limitadas !

Faça parte você também !
enearteufba@gmail.com

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Carta aberta dos estudantes de Psicologia

Segue abaixo carta aberta dos estudantes de psicologia da UFBA, encaminhada á nosso email


CARTA ABERTA DAS REIVINDICAÇÕES DA ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA DOS ESTUDANTES DE PSICOLOGIA

O ato de violência sexual praticado contra uma estudante da Escola de Dança da UFBa na última terça-feira, 19/08/2008, gerou uma grande inquietação da comunidade desta instituição. Diante disto, os estudantes do curso de Psicologia da UFBa, desde o acontecido, vêm se mobilizando para aprofundar as discussões a respeito da crise de segurança instaurada na Universidade e pensar estratégias de efetivação do Plano Integrado de Segurança dos Campi da UFBa, aprovado em CONSUNI (Conselho Superior Universitário), para implementação desde 2004.

Em razão desses acontecimentos nós, estudantes de Psicologia, viemos através desta carta aberta comunicar as decisões tomadas na Assembléia Extraordinária dos estudantes de Psicologia, realizada no dia 25 de agosto de 2008, na sala 33 da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH), das 10:30 às 13:00h, deste dia.

1º) Os estudantes de Psicologia paralizarão suas aulas nos dias 26 e 27 de agosto deste ano para cumprir a seguinte agenda:

1.1 – Concentração em FFCH às 7:00 do dia 26/08/2008 (terça-feira) seguindo em direção à Reitoria da UFBA, onde será realizado o CONSUNI com pauta única (Segurança).

1.2 – Realização da Assembléia Geral dos estudantes de Psicologia da UFBa, às 8:00 h do dia 27/08/2008 (quarta-feira), tendo como pauta as deliberações do CONSUNI e o “passo-a-passo” , seguindo posteriormente em direção à Reitoria onde acontecerá a Assembléia Geral dos estudantes da UFBa às 11:00h.

2º) Criação do Fórum Permanente sobre a Segurança da UFBa, que conte com a participação de membros das Comunidades circunvizinhas e estudantes. O Fórum deve se responsabilizar por formas de integração entre a Universidade e as Comunidades em questão além de fomentar a discussão sobre violência e gênero. O D.A.Psi deve ficar responsável pela divulgação do Fórum, bem como de suas atividades.

3º) Criação de uma comissão que busque formas de atuação com as comunidades vizinhas, elaborando projetos conjuntos com elas. Tal comissão teve suas atividades iniciadas logo após sua criação, seguindo para o Calabar para contactar com os representantes da referida comunidade.

4º) Esclarecimento do plano de segurança de São Lázaro que é diferente do projeto da Reitoria.

5º) Criação de uma grade cercando o Campus com tantos acessos quanto forem necessários.

Apontamos como pertinentes as seguintes reivindicações da referida Assembléia:

1º) Que seja implementado o mais rápido possível o Plano de Segurança, já aprovado em 2004.

2º) Que a Universidade garanta verba necessária para a realização dos projetos de extensão que busquem a inclusão social dos que moram próximos aos Campi.

3º) Que a Comissão de implementação do Programa Integrado de Segurança dos Campi da UFBa, divulguem o desencadeamento das discussões do site da UFBa.

Fazemos nossas as palavras do representante da Comunidade do Alto das Pombas em carta aberta destinada à comunidade da UFBa. A discussão a que nos propomos não pode estar dissociada da realidade enfrentada por toda a cidade de Salvador nem tampouco restrita à redoma de professores, funcionários e estudantes.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Escola de dança volta a funcionar normalmente

Hoje, ás 13h foi decidido numa reunião de congregação que a escola de dança deve voltar as suas atividades normais, saindo assim do estado de emergência, porém, o fórum permanente de combate á violência permanecerá em funcionamento, com programação ainda a definir

Comissão de Imprensa

Instituições na Bahia para o auxílio de mulheres em situação de risco

Chegou a nosso email uma lista de instituições que prestam apoio à mulheres, jovens e crianças em situações de risco, principalmente riscos decorrentes de violência. Aos que puderem repassar, será de grande apoio

REDE DE ATENÇÃO ÀS MULHERES


CENTRO DE REFERENCIA LORETA VALADARES – Prevenção e Atenção a Mulheres em Situação de Violência: oferece atendimento psicológico, social e jurídico para mulheres em situação de violência.
Telefones: 3235-4268 / 3117-6770
E-mail: centroreferencialv@salvador.ba.gov.br

DEAM – Delegacia Especial de Atendimento à Mulher: recebe e apura denúncias de violência contra a mulher.
Telefones: 3116-7000 / 31167001

Casa de Oxum: acolhimento a meninas, de 08 a 17 anos, em situação de risco.
Telefone: 33280146
E-mail: casaoxum@hotmail.com

CEDECA – Centro de Defesa da Criança e do Adolescente: oferece atendimento jurídico e psicosocial a crianças e adolescentes vítimas de todo tipo de violência.
Telefones: 3243-8499/ 33269878 / 0800 28 45 551
E-mail: cedeca@cedeca.org.br

CENTRO MARIA FELIPA – SESSÃO DE VALORIZAÇÃO À MULHER POLICIAL MILITAR: atendimento a apoio psicológico e jurídico para mulheres policiais militares, filhas e esposas de policiais militares, vítimas de violência.
Telefones; 3117- 4691 / 4653
E-mail: cmf@pm.ba.gov.br

CENTARL DE ATENDIMENTO À MULHER: serviço nacional, implantado pela Secretaria Especial de políticas para as Mulheres, que recebe e orienta denúncias sobre violência contra a mulher.
Telefone: 180

CHAME – Centro Humanitário de Apoio à Mulher: prevenção ao Tráfico Internacional de Mulheres e combate ao Turismo Sexual.
Telefones: 3321-9166 /9100

Casa Abrigo Mulher Cidadã: abrigo provisório, e centro de promoção pessoal e social, para mulheres e seus filhos em risco de morte por violência doméstica e/ou sexual. Endereço sigiloso. Encaminhamento através da DEAM.

CICAN – Centro de Referência em Oncologia do Estado: faz prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de câncer.
Telefones: 3116-5555 / 5542 / 5541
E-mail: cican@saude.ba.gov.br

CREAS SENTINELA – SERVIÇO SENTINELA: atendimento e apoio a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, extensivo aos familiares.
Telefones: 3382- 1407 / 3884
E-mail: sentinela@pms.ba.gov.br

Defensoria Pública do Estado da Bahia: oferece assistência jurídica.
Telefone: 3341- 2490

Disque Saúde Mulher: telefone de abrangência nacional; orientação e informação sobre saúde e violência contra a mulher.
Telefone: 0800 61 19 97

Fundação Cidade Mãe: órgão municipal que presta atendimento a crianças em situação de risco.
Telefones: 3176-8300 / 3322-0175
E-mail: cidade_mae@pmf.ba.gov.br

IPERBA – Instituto de Perinatologia da Bahia: maternidade que trata de casos de DSTs e AIDS, contracepção de emergência, interrupção de gravidez em casos de estupro.
Telefones: 3453-6400 / 6409 / 6404
E-mail: iperba.secretaria@saude.ba.gov.br

OAB/ SOAJE: Serviço de Orientação E Assistência Judiciária.
Telefones: 3321-3377
E-mail:

Projeto Viver / IMLNR – Serviço de atenção a pessoas em situação de violência sexual; atendimento médico e terapêutico, individual e em grupo; acompanhamento social às vítimas de violência sexual e seus familiares.
Telefones: 0800 284 22 22 / 3117- 6700
E-mail: viverssp@yahoo.com.br

Pró-Menor: serviço de denúncia de maus-tratos e abuso sexual contra crianças e adolescentes. A denúncia pode ser anônima.
Telefone: 0800 71 3020

SAJU/ UFBA – Serviço de assistência judiciária prestado pelos estagiários do Curso de Direito da Universidade Federal da Bahia.
Telefones: 3336- 7155 / 3247- 7376
E-mail: direito@ufba.br
Observação: o mesmo serviço é prestado pelos estudantes de Direito da Universidade Católica de Salvador – UCSal.
Telefone: 3324- 7783

SPM – Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres/ PMS: órgão municipal responsável por propor, elaborar e coordenar Políticas Públicas para as Mulheres.
Telefones: 2108- 7300/ 7309/ 7310 / 7312


Conselhos Tutelares:
Aplicam medidas de proteção a crianças e adolescentes em situação de risco e dão assistência às famílias dos menores. Procure o CONSELHO TUTELAR mais próximo da sua casa.

Telefones:

  • 3312- 8088 (ROMA)
  • 3321-4561 (BARROQUINHA)
  • 3245-8914 (FEDERAÇÃO)
  • 3256- 1922 (LIBERDADE)
  • 3249- 9731 (ITAPUÃ)
  • 3460- 6301 (PERNAMBUÉS)
  • 3309- 5513 (CASTELO BRANCO)
  • 3219- 4586 (CAJAZEIRAS)

O Coletivo de Mulheres, do Sindprev/ BA, tem colocado em prática, por meio de reuniões, palestras e debates, o papel do Coletivo, que tem como objetivo planejar ações políticas inerentes às questões de gênero, na busca de uma conscientização do papel da mulher como parte integrante e participativa da sociedade. Estamos disponibilizando no nosso site, endereços, e-mails e telefones de Órgãos, Entidades e Projetos que estão diretamente relacionados à violência contra a mulher.

Comissão de Imprensa

P.S: Venho prestar neste tópico, nossos sinceros agradecimentos à Júlia Lobo, estudante de psicologia, que desde que soube da existência do blog, tem enviado materiais excelentes para nós. Obrigado

Letras divulga carta para a comunidade acadêmica

Após uma assembléia realizada no instituto de letras, no dia 25 de Agosto. Chegou até nós hoje uma carta direcionada a toda comunidade acadêmica. Segue abaixo a carta original.


Universidade Federal da Bahia,

Instituto de Letras,

Centro Acadêmico Jorge Amado, gestão Verbos


Carta aberta à comunidade Acadêmica da Universidade Federal da Bahia


Nós, estudantes do Instituto de Letras da UFBA, em assembléia realizada no dia 25 de agosto de 2008, decidimos retificar algumas decisões encaminhadas através da congregação do dia 21 de agosto de 2008.

Diante da releitura do documento em questão, entendemos que algumas medidas emergências e de médio e longo prazo não atendem as perspectivas das comunidades que permeiam a universidade, ferindo a principal questão discutida em universidade publica, que é o espaço publico.

A medida emergencial no entorno dos campi só valida o sentimento de segregação e discriminação da comunidade UFBA em relação as comunidades vizinhas. Afinal, a política de atuação desta se mantém em constante decadência e defasagem. O que impede e inibe o dialogo e trânsito entre ambas.

As medidas a médio e longo prazo no que diz respeito ao fechamento dos campi, definição das entradas de acesso e introdução do controle de acesso através de crachá magnético para estudantes, funcionários, professores e visitantes só agravam a verdadeira patologia social em questão: a violência.

Foi consenso, em assembléia, que seria uma maior violência fechar as portas para a comunidade, afinal, a UFBA, como instituição publica e mantida por dinheiro publico, deve criar consciência em atender a necessidade das comunidades locais em geral.

Portanto, a medida tomada pela universidade segue-se contrária à expectativa dos estudantes e da comunidade. Encaminhamos a proposta de integração da comunidade e da universidade com criação de atividades que discutam amplamente a situação da violência, pois ela não se restringe ao espaço universitário ou espaço comunitário, mas sim, abrange a ambos.


Comissão de imprensa

Carta dos vigilantes à comunidade universitária

Hoje recebemos uma carta vinda da diretoria do Sindivigilantes/BA (Sindicato dos vigilantes do estado da Bahia) direcionada a toda comunidade acadêmica. O conteúdo da carta fala por si. Segue abaixo o texto integral da mesma.


CARTA DOS VIGILANTES À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

Acerca da violência e a questão da segurança na UFBA


Na semana passada toda a comunidade da UFBA foi abalada com mais um episodio de violência: uma estudante foi estuprada.

Mais uma vez, os vigilantes contratados através de empresa privada, muitos com até 24 anos de serviços prestados na Universidade, são eleitos por alguns “bodes expiatórios”.

O debate sobre tema tomou corpo e envolve a todos.

Os vigilantes terceirizados que prestam serviço à Ufba não podem ficar de fora dele e querem, inicialmente, manifestar total e irrestrita solidariedade a estudante vitimada e a todos aqueles vitimados por violência na área da Ufba nos últimos meses.

Querem também deixar o mais veemente repudio as tentativas de responsabilizar-los pela precariedade da segurança, pela falta de respostas à violência e repetidas situações que agridem a vidas de alunos, professores e funcionários, até porque é impossível falar em segurança com seriedade e comprometimento sem que seja executado o planejamento aprovado a quase 6 anos, mesmo contendo alguns equívocos, tampouco levado a serio a contratação de empresas capacitadas tecnicamente, que dê suporte de fato as reais necessidade da segurança, bem como sem a vontade política da atual administração e a sua opção pelo cuidado apenas com o patrimônio.

Não resta duvida que a atual administração da Universidade fez a sua opção pela proteção do patrimônio material em lugar da proteção de pessoas. Trocou profissionais de segurança no turno diurno, por pessoas necessárias a serviços de portaria, mas que não tem nenhuma tarefa de cuidar de segurança, apenas da entrada e saída de materiais. Daí, falar em segurança neste contexto, é atentar contra a inteligência e o profissionalismo.

  • Porque não contratam empresas sérias, capacitadas tecnicamente, que cumpram suas obrigações trabalhistas e sejam capazes de executar minimamente um planejamento de segurança?
  • Porque a administração da Ufba não assume as tarefas de cuidar de outros aspectos indispensáveis para a questão da segurança (rádios e outros equipamentos de comunicação, iluminação do campus, limpeza e conservação de áreas com vegetação, controles de entradas e saídas de pessoas, rondas moveis, etc.)?
  • Porque a empresa e Universidade não executam um programa para melhorar a capacitação dos vigilantes?
  • Porque não elaboram e disponibilizam para os vigilantes e a comunidade um manual de procedimentos ?
  • Porque não utilizam de rondas motorizadas (carros, motos, etc.)?
  • Sobre segurança, nós somos profissionais e tecnicamente preparados.

Necessário que nos ouçam e parem simplesmente de nos apontar como culpados pelas suas omissões e amadorismo de outros.

Trabalhamos pela integridade e pela vida das pessoas, o maior patrimônio.
Segurança é coisa séria.
Salvador, 25 de Agosto de 2008.

Sindivigilantes/BA
Diretoria


Comissão de Imprensa

Diretora da escola de dança retrata-se publicamente de sua fala

No dia 22 de Agosto, Dulce Aquino, diretora da escola de dança enviou ao Sr. Nilton Régis Mascarenhas, comandante geral da polícia militar no estado da bahia, um pedido público de desculpas por ter se referido aos policiais militares como "animais".

Segue abaixo a retratação:

Salvador, 22 de agosto de 2008.


Ao Sr. Nilton Régis Mascarenhas
Comandante Geral
Polícia Militar da Bahia

Prezado Comandante,

Tomando conhecimento de matérias jornalísticas veiculadas no Correio da Bahia de 21 e 22 de agosto do corrente ano, quero apresentar a Policia Militar, como instituição, e a todos seus membros meu sentimento de respeito e reconhecimento do importante papel em defesa do cidadão e da sociedade brasileira.

Esclareço que minhas palavras reproduzidas nas matérias dos jornais foram retiradas do contexto onde a emoção travava a voz e as palavras não conseguiam expressar com firmeza as idéias e conceitos formulados mentalmente. Estava, naquele momento, profundamente chocada com a violência sexual sofrida por uma aluna da Escola de Dança no campus da UFBA.

Entendo que o alto teor de violência a que toda nossa sociedade está submetida, principalmente, nas grandes cidades, por força da criminalidade gerada pelo tráfico de drogas leva os indivíduos a atuarem com seus instintos mais primitivos e sub humanos.

Minhas palavras naquele momento não foram formuladas adequadamente e a forma com que foram veiculadas permite uma interpretação que traduz um preconceito à polícia militar que não condiz com meus verdadeiros sentimentos.

Reconheço, por último, no desempenho de suas funções que os policiais são os grandes alvos da brutalidade e da violência contra eles praticados por indivíduos de comportamento marginal.

Assim, apresento minhas desculpas a toda corporação extensivas aos seus familiares por qualquer constrangimento que aquelas palavras possam ter causado.

Atenciosamente,

Dulce Aquino


Comissão de Imprensa

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Deliberações do CONSUNI

Hoje, ás 8 horas, foi retomada a reunião do CONSUNI (conselho universitário) iniciada na última quinta-feira, onde a comissão temporária de segurança foi instaurada como permanente. Logo no início, diversos estudantes, vestidos em camisas com os dizeres "Na Ufba?? Foi Comigo !!" deitaram no chão em frente ao palanque enquanto estudantes de música realizavam sua performance, paralelamente, o salão nobre da reitoria era decorado com cartazes, com frases pedindo segurança, respeito e prazos.

As decisões apresentadas no início da reunião foram, em linhas gerais, as seguintes:

  1. Melhoria e manutenção dos postes de luz, com a troca de lâmpadas;
  2. Poda e roçagem para áreas de maior circulação;
  3. Ampliação de condições de trabalho da área de segurança;
  4. Equipamentos que otimizem o trabalho dos seguranças (como rádios);
  5. Parceiria com órgãos públicos, desde polícia militar à empresas de transporte para melhoria da segurança nos entornos dos campi;
  6. Uso de câmeras em pontos críticos e/ou estratégicos nos campi;
  7. Ampliação do contingente de pessoal relacionado à segurança;
  8. Cumprimento de rondas, principalmente em Ondina;
  9. Realização de fóruns e seminários sobre a temática da segurança.
Após as decisões da comissão de segurança, começaram os discursos dos conselheiros. Em todas as falas, a indignação com o ocorrido e a reiteração da proposta de dizer não a polícia militar dentro dos campi das UFBA era presente, assim como a necessidade de medidas a médio e longo prazo. Idéias não faltaram, cada unidade trouxe diversas medidas, algumas de acordo com suas necessidades, e outras mais amplas, que teriam como proposta serem estendidas pelos outros campi da UFBA.

Uma nova reunião do CONSUNI foi estipulada para daqui a cerca de 15 dias, para que sejam avaliadas e fiscalizadas se as ações de caráter emergencial foram realizadas e quais foram seus resultados.

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Sem dúvida, um dos momentos mais marcantes da reunião foi a intervenção dos alunos da escola de teatro, entrando todos de preto, com sacos na cabeça, parando em frente á bancada em que o reitor estava sentado, levantando as mãos, e, em seguida, indo até um balde, cheio com tinta vermelha, e mergulhando as mãos nela, iam até as pessoas próximas e davam as mãos, compartilhando aquele que seria um sangue de todos nós. Uma das intervencionistas foi até a bancada oferecer sua mão completamente molhada na tinta vermelha para os membros da banca, que aceitaram, com um pouco de receio, mas certos de que aquilo era responsabilidade deles também. Foi um dos momentos da reunião em que o reitor mais esteve próximo pros estudantes durante toda a reunião.

Comissão de Imprensa

P.S: Caso alguém tenha fotos deste momento, enviem para nós, por favor

Nota extra:

O prazo que chegou até nós foi de que até sexta feira, a maioria das medidas tenham sido tomadas, mas para efeitos mais claros, fica-se definido até a próxima reunião do CONSUNI, em quinze dias, onde serão levantadas as melhorias feitas

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Esclarecimentos públicos sobre a mata


Essa matéria tem como intuito prestar esclarecimentos sobre a mata que foi divulgada pela imprensa como "ponto de maconha", "abandonada" e diversos outros adjetivos pejorativos, principalmente pelo jornal A Tarde, na notícia "Delegada afirma que "Não houve estupro na UFBA""

Primeiramente, a mata em que ocorreu a violência, é chamada de Memorial da Mata Atlântica, em homenagem á mata atlântica que antes havia ali, aquela região é uma região de reflorestamento. Antigamente, o local era um grande pátio de exposições. Assim a chamarei até o fim por não se trata de uma mata qualquer, que está ali só por estar.

O Memorial da Mata Atlântica desempenha diversos papéis dentro da universidade, muitos deles constando na grade curricular de muitas unidades, tornando assim o memorial um local de estudo e convivência de estudantes, semelhante a uma sala de aula.

Os cursos de Medicina Veterinária, que fica próximo ao memorial, e o de Biologia utilizam constantemente o memorial para estudar seu bioma, catalogar insetos, aves, ver possíveis pragas, classificar plantas. A presença de turmas completas são comuns no local, diverasas horas do dia, o que podem causar estranheza para olhos menos acostumados, principalmente quando cruzam com um grupo de cerca de 30 pessoas, saindo de dentro da mapa com seus jalecos brancos e seus cadernos na mão, fazendo notas enquanto o professor mostra algo.

A ação não se restringe a estes cursos, o curso de dança usa constantemente a área para suas pesquisas, seja fazendo aulas, experimentações coreográficas ou mesmo, criando trabalhos para serem executados no memorial ! Tudo isso, devidamente registrado e institucionalizado.
(a foto ao lado mostra estudantes de dança fazendo experimentação para o módulo de estudos dos processos criativos I).

Mas, talvez um dos mais belos trabalhos que acontecem no memorial é o do mestre percussionista Ivan Machado. Ele, artista reconhecido internacionalmente, já tendo tocado ao lado de personalidades como Bob Marley, realiza um trabalho voluntário há anos, totalmente gratuito que consiste em oficinas percussão, poesia, mandalas, artes em geral e ecologia para pessoas das comunidade no entorno da UFBA e estudantes, dentro do memorial, todas as sextas-feiras, no período da tarde, na casa em que, infelizmente ocorreu a violência, e que foi veiculada pela mídia como abandonada. A atividade estava em processo de institucionalização pela Escola de dança, já que ele realizava sua oficina também aos sábados, porém teve sua entrada proibida na portaria da universidade por não ter permissão para utilizar o espaço aos sábados, espaço este que deveria ser aberto à comunidade em geral. A institucionalização permitiria que ele as realizasse dentro do memorial

Tratando em linhas gerais, é possível ver que a tão (mal) falada "mata" não é um lugar qualquer com um monte de árvores que servem como refúgio de ladrões, é uma área de convivência essencial para a UFBA, assim como as salas de aula, devido a sua importante para a comunidade acadêmica que fazem um bom uso da mesma. Que é limpa e bem cuidada ao máximo por todos que utilizam dela. Ao andar por ela, é possível ver diversas trilhas, muitas delas com cerquinhas de bambu e, acreditem, as vezes sem folhas, pois os frequentadores frequentemente retiram as folhas para preservar as trilhas naturais.

O memorial da mata atlântica é um local importante para a UFBA, tanto quanto qualquer sala de dança, medicina veterinária ou biologia, pois trás muitas vezes a prática para próximo do ambiente acadêmico.

Comissão de imprensa emergencial

Assembléia sobre a Degradação Ambiental

Amanhã dia 26/08/2008 às 17:30 no espaço do Ministério Publico situado na Av. Joana Angélica, 1312, Nazaré, acontecerá uma assembléia sobre a degradação ambiental e a desconfiguração da área verde da cidade de Salvador.

Fórum de combate à violência continua nesta quarta-feira

O fórum de combate à violência continua nesta quarta-feira na escola de dança. Hoje, Débora Cohim, Elonisa Costa e Aninha Franco fizeram deus debates na escola de dança. A programação continua nesta quarta-feira (27). Segue abaixo a programação.

Fórum Permanente de Combate à Violência
Quarta-feira - 27/08
9h00 - Francisca Eleonora (Centro de referência para mulheres em situação de violência)
11h00 - Reunião aberta de congregação
Toda a programação acontecerá no Teatro do Movimento, na Escola de Dança, na Av. Adhemar de Barros, portão 1
Comissão de Imprensa

Carta aberta da associação de moradores de alto das pombas

Hoje pela tarde, chegou até nós uma carta de um representante da comunidade de alto das pombas, que expressa a posição da comunidade em relação a algumas propostas de segurança e quanto à universidade


Carta Aberta a Comunidade Acadêmica da Universidade Federal da Bahia


Nos últimos dias toda comunidade acadêmica da UFBA vem intensamente discutindo as questões de segurança no Campus Universitário, tendo como foco o São Lázaro e o PAF de Ondina. Entendemos que é salutar tal discussão, mas que a mesma não está dissociada da realidade enfrentada por toda a cidade de Salvador.

Também nos últimos meses vários jovens dizimados em nossa cidade, todos negros, pobres e moradores de áreas periféricas, dentre elas a própria comunidade do Alto das Pombas, vizinha a FFCH.

Em junho choramos pela morte de quatro jovens, vítimas de disputas de tráfico de drogas que foram violentamente assassinados.

Tal ação nos leva a refletir sobre qual violência estamos discutindo? Se a da omissão da Universidade que ao mesmo tempo em que tão próxima é tão distante dos problemas sociais que a circundam ou da mídia de excessos que sempre aguarda uma tragédia para discutir algum problema que de certa é relevante para sua classe social, ou para angariar mais fundos para manutenção desse modelo de reprodução de injustiças sociais?

Sempre convivemos harmonicamente com a universidade, principalmente pelo fato da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas se confundirem com nosso espaço
geográfico.

Mantivemos ao longo de vários anos a nossa autonomia, mas sempre com visão crítica sobre o papel social da mesma e principalmente questionando o formato laboratório que a mesma sempre adotou nos processos de diálogo com a comunidade.

Pensando assim pedimos que ao discutir o problema da violência na UFBA, não seja somente considerado o prisma de quem supostamente ela atinge de imediato, mas compreenda que cobrir de muros, gradearem as unidades educativas e principalmente colocar pessoas despreparadas para fazer a suposta segurança de nada adiantará para alcançar tal finalidade.

Conclamamos pelo bom senso de compreender que tal problema ultrapassa os espaços da UFBA e que se faz necessária uma discussão mais apurada com as Comunidades entorno dos Campi.

Esperamos que os professores, funcionários e estudantes que são protagonistas desta discussão, possam entender que tal problema social não se resolverá numa redoma, tão pouco num grupo seleto de pessoas que se reúnem para a busca de soluções de
momentos-crise, mas tomando medidas que ultrapassem as formas tradicionais,
ampliando a relação da UFBA com a comunidade, não limitando-se a ações pontuais
no semestre, a pesquisa-laboratório com a comunidade ou a antiga compreensão de
que não sabemos o que realmente queremos e que não somos capazes de construir
como parceiros, um novo modelo de UFBA, que seja verdadeiramente inclusiva, de
qualidade e pública para todos.
Salvador, 25 de agosto de 2008
Comunidade do Alto das Pombas

Este corpo foi violentado

Estudantes de dança criam a série de fotografias "Este corpo foi violentado". Disponível no Flickr http://www.flickr.com/photos/midiaalternativa . Segue abaixo algumas fotos:






Comissão de Imprensa

Estudantes criam álbum no Flickr

Estudantes de dança criam flickr para mostrar trabalhos realizados e fazer registro fotográfico de ações que estão acontencedo.

Várias fotos já estão disponíveis, basta acessar http://www.flickr.com/photos/midiaalternativa

Comissão de Imprensa

domingo, 24 de agosto de 2008

Uma carta de indignação

Hoje recebi uma carta de um estudante de dança que retrata uma realidade vivida constatemente por estudantes da unidade: o preconceito. Irei transcrevê-la abaixo na íntegra

Amigos, sei que muito já foi dito , mas sinto ainda que palavras me restam...

Peço paciência para vossos olhos. A carta pode parecer um pouco emocionada, porque quando é com alguém muito próximo os sentimentos se confundem. Infelizmente estou distante do movimento por uma questão de uma viagem a trabalho. Mas quero aqui me fazer presente e dizer que outros se manifestem, façamos crescer. Que ultrapasse as barreiras de UFBA e movimente outros espaços. Um movimento contra a violência da mulher e a brutalidade do pensamento dos gestores públicos. Assim segue >>>>

Quero acrescentar palavras...

Após ler o texto escrito pela Gestão do Diretório Acadêmico de Teatro da UFBA,e tantos outros online, além de conversar com amigos, o que de fato me espanta é a posição dos nossos gestores universitários. O Vice-Reitor da UFBA, Francisco Mesquita, ao insinuar, ou melhor, dizer claramente, que a aluna se encontrava em situação propícia ao estupro, pela forma como se trajava, no mínimo é um ato de brutalidade que o coloca no mesmo nível do violentador. A meu ver um olhar tão machista, libidinoso e ignorante, onde o corpo da mulher é tão objeto de consumo sexual, que pra ele o fato de uma garota caminhar com saias curtas já a coloca em situação de risco. Afirmo novamente: MACHISTA, LIBIDINOSO e IGNORANTE. Alguém que julga o corpo feminino como o lugar do mero sexo, prazer, tentação, pudor e poder... é assim que vos vejo, senhor vice-reitor.

Felizmente tive outra formação, assim como a estudante em questão. Somos de DANÇA. Temos outra relação com o corpo e não admitimos comentários como esses, ainda mais vindo de um gestor universitário.

Na UFBA, estes tipos de ataques são normais... não é primeira vez que a instituição toma posicionamentos de tolhimentos ao corpo. Há tempo atrás, porém não tão distante, 2005, um outro aluno na Escola de Dança foi abordado na portaria central do Campus Ondina por um segurança por estar andando sem camisa. Isso porque o aluno havia acabado de retornar de uma aula prática na praia e estava voltando ao Campus para banhar-se e trocar de roupa. Não precisou que o aluno o explicasse o fato, nem mesmo o segurança lhe deu espaço para isso. O aluno foi agredido verbalmente e ameaçado pelo segurança. No meio dos insultos e sarcasmos do segurança, não faltou a velha discriminação machista, ignorante e também libidinosa (por que não?), de interpelar o aluno como "viado", "bicha", entre outros – PORQUE??.

Foi um escândalo (abafado) no Campus. Alunos, professores, funcionários e diretoria da escola se mobilizaram protestando contra a ação do segurança. A universidade então pediu o afastamento do funcionário, terceirizado, que não foi demitido, somente transferido de posto. Não se tratava de demitir o funcionário, a questão está para além disso. O problema maior era a normalidade como eram tratadas as coisas, e pior, houve ainda quem desse razão ao segurança. Alegaram ser falta de respeito do estudante caminhar sem camisa, ou seja, o segurança devia ter feito mais do que fez. (?)

Os casos não param por ai. Alunos e alunas da Escola de Dança são constantemente assediados pelos seguranças da portaria central da universidade. Olhares, comentários, sacarmos e piadinhas assediosas durante a passagem dos alunos, principalmente as mulheres, são comuns todas as manhãs. Não esqueçamos também dos gays, sim porque a Escola de Dança da UFBA tem Gays. Não só lá... em toda universidade, na cidade, enfim (E qual o problema??).

E isso tudo não acontece somente devidas as saias curtas citadas pelo vice-reitor não. As piadinhas, risinhos, comentariozinhos, são super comuns. Qualquer coisa: da cor do cabelo à maneira como andamos, tudo é motivo. O nosso corpo a todo tempo é mirado. E se dizemos algo, há sempre quem afirme que temos mesmo que andar com roupas X e não Y (como o VICE-REITOR INSINUOU).

Dizemos não!

Não vamos contribuir com esses comentários absurdos. Não deixaremos de caminhar na trilha que liga Letras a Dança, nem mudaremos nossas roupas, nem nos comportaremos diferentes.

O mais louco dessa história toda é que tudo é dentro do espaço universitário, e pior, numa universidade que tem uma Escola de Dança mais antiga da América Latina. Os cinqüenta e dois anos da nossa faculdade ainda não foram suficientes para abrir nem mesmo a visão dos nossos gestores. A eles, preferem preservar o patrimônio: os prédios, objetos e "coisas" da universidade são protegidas por uma segurança privada que nem dá conta disso. Casos de roubos e furtos acontecem cotidianamente entre as grades e paredes da UFBA. Como cabos enoooormes de cobre que roubaram da Escola de Dança em 2006. Cabos enooormes sumiram da escola que fica na entrada principal do Campus Ondina, onde supostamente há o maior reforço de segurança. Fora os computadores, fax, projetores, câmeras, entre tantos outros.

O que a UFBA quer proteger?

Enquanto isso a vida dos estudantes, professores, funcionários fica a disposição da violência carnal e verbal. Sim, porque qualifico a declaração do Vice-Reitor um ato de violência. Violência a mulher, a uma jovem... violência a um curso inteiro, porque sim!! Continuaremos a usar nossas roupas de aula (que chamamos de “MALHA”) e até mesmo as saias curtas e caminharemos no Campus da Universidade, mesmo lembrando dos olhares de pudor, moralismo, machismo, violento, libidinoso e ignorante do nosso vice-reitor.

Lamentavelmente temos um gestor que pense dessa maneira...

Também de Luto,

Sérgio Andrade

Aluno da Escola De Dança da UFBA.

Em Cali, Colombia.

Comissão de Imprensa UFBA

P.S: Aos que enviarem textos para o blog, por favor, criem um título !

Conjunto de ações para manifestação estudantil II

Numa reunião mais íntima entre estudantes de diversos cursos, em sua maioria artes, foram decididas algumas ações a serem realizadas até terça-feira, na reunião do CONSUNI (Conselho Universitário)

Segunda-Feira

Por volta das 12 hrs, após o Fórum Permanente de Combate à Violência, estudantes farão um ato de intervenção na Av. Adhemar de Barros, em frente ao portão 1 da UFBA, por cerca de 15 minutos. Outra parada talvez seja realizada no período da tarde, em local e horário ainda por decidir.

No período da manhã, será confeccionado também material gráfico, como panfletos, faixas e camisetas. Caso você tenha uma camiseta branca, leve até a escola de dança para pintar "Na UFBA ? Foi comigo !". Cerca de 30 camisetas já foram pintadas e serão utilizadas principalmente na reunião do CONSUNI. Algumas pessoas e o diretor de Belas Artes se solidarizaram a ajudar também. A confeccção desse material gráfico continuará no período da tarde.

Terça-Feira

7h45 - Sacos na Cabeça - A intervenção realizada na assembléia de quinta-feira será repetida. Leve sua sacolinha com olhos e boca pintada. Façam um buraco pra cada olho, e, se incomodar muito, um no nariz, além de usarem sacolas largas, que ajuda bastante na hora de respirar. Algus estudantes estarão distribuindo essas "sacolas" também, mas leve a sua. A concentração será na frente da reitoria.

Foi decidido também fazer um levantamento do que foi realizado até agora como proposta de segurança, inclusive o plano de segurança aprovado, para ser discutido em na escola de dança. Como alguns alunos de psicologia já estudaram o plano de segurança, e terão reunião de congregação em São Lázaro, informarei as pessoas responsáveis por isso na escola de dança, e tentarei contatar alguém de psicologia para que o debate possa ser mais proveitoso.

Outras ações poderão ser desenvolvidas no decorrer dos dias, principalmente por parte de música, que será contatada amanhã pelas pessoas presentes na reunião de hoje

Comissão de imprensa emergencial

Um outro texto especial ...

Hoje, a poucos momentos, uma aluna do curso de direção teatral escreveu um texto, que nos foi enviado e que resolvemos publicar no blog. Irei transcrever o email na íntegra.


Olá, sou Vida Oliveira, aluna do curso de Direção Teatral da Escola de Teatro da UFBA e escrevi algo sobre o assuno que penso talvez ser interessante de ser colocado no Blog. Escrevi-o, ao ler o texto de Olga Lamas, por e-mail.
Segue, abaixo, o texto.

"Há algumas coisas que acho importante considerar neste caso: A primeira é que não importa o fato, e sim a possibilidade de ele acontecer. Afinal, estava esta moça andando pela universidade e, ao que eu saiba, num ambiente universitário, não deveria haver, de forma alguma, qualquer risco. E ponto. Não há o que se dizer a mais por Naomar ou Mesquita de modo a justificar o fato. Apenas devem assumir que não cuidaram da segurança da instituição. Com ato consumado ou sem ato consumado, uma aluna foi colocada em risco e adquiriu traumas que levará para o resto da vida – me desculpem os detentores do poder desta universidade por ser tão profunda - mas isso, vocês sabem, nada apagará. Pro resto da vida, reitero.

Ou seja: Ainda que se mudem as coisas, a partir de agora, ainda temos um grande problema: Esta garota tem um trauma, precisa de ajuda e, inclusive, no mínimo, um pedido pessoal de desculpas, especialmente do Reitor e Vice-reitor, por falta de competência em assegurá-la. Não sei se isso já foi feito, mas deixo aqui o meu pensamento de que é algo imprescindível.

Ontem eu estava na aula de Inglês – faço também o curso de extensão da UFBA – e ouvi minha professora contar que a garota em questão havia contado que o homem tinha cadernos. O que quer dizer que o autor do ato ignóbil poderia ser um aluno da Universidade. Ora, nós sabemos que este ato de instinto animal pode estar, de fato, em qualquer lugar. Sabemos que, se houvesse segurança na faculdade, em caso de estarmos falando de um aluno, ele não teria a chance de fazê-lo lá, mas ainda o faria, em outro lugar, em outro momento. Nesse caso, me pergunto: O que se fazer para evitar que pessoas com problemas psicológicos tão intensos sejam matriculados? Há de se lembrar, por exemplo, que não seria tão impossível que fosse um aluno, afinal, quem foi o homem que matou, alguns meses atrás, a namorada a tesouradas? Era também aluno da UFBA. Houve o caso do aluno de direito que matou a namorada e jogou no mar, algo assim. Eu sei que esses casos fogem ao controle de quem estiver no poder, mas imagino que alguém mais inteligente que eu possa ter alguma idéia de como impedi-los. Porque é um caso grave, imprevisível. Você não espera que alguém que tem acesso a educação e à cultura vá fazer isso. E, com tudo isso rodeando os meus pensamentos, me preocupei bastante ao ouvir que poderia ser um aluno, porque seria o terceiro caso este ano e, eu - com discursos tão completos que tenho, muitas vezes - nesse caso, não saberia nem o que dizer, tampouco saberia do que reclamar.

Não escrevi este – depoimento, eu diria – com o simples intuito de sugerir soluções práticas e óbvias, mas porque, desde ontem, me paro pensando nesses dois pontos importantes sobre o caso e, no entanto, não vejo simplicidade no problema, ao contrário, me parece cada vez mais complexo.

Mas, de fato, não quero diminuir a culpa de quem é culpado, ao falar da possibilidade de ser aluno, apenas queria colocar também este ponto. Acho que deixo claro aqui, que, como aluna da UFBA, como alguém que acredita na educação e na educação pública, estou cá, indignada.

Me faço falar, para aproveitar a oportunidade, também, que quando se fala que se deve pensar em segurança, acredito que seja pensar em segurança como pessoas que têm educação e não em animais instintivos, ou seja, pensar em segurança não é destruir o pouco que ainda se em de mata atlântica.

Devemos, acredito, nesse momento, pensar juntos em soluções – acho que é isso que vim dizer – pensar juntos. Achar soluções boas e lutar para que sejam colocadas em prática, sempre pensando no bem de todos, sem pensamentos políticos à frente disto. Apenas o bem maior.

E tenho dito.

Vida Oliveira – Aluna da Escola de Teatro da UFBA.


Acredito que posso agradecer por todos a sua preocupação por criar material para a postagem no blog
Comissão de Imprensa emergencial

sábado, 23 de agosto de 2008

Legislação de estupro e atentado violento ao pudor

Hoje, após pesquisa em diversos sites, conseguimos encontrar a legislação para crimes de estupro e atentado violento ao pudor e como são caracterizados e etc.

A legislação será trascrita do site http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm
um site do governo que contém tais informações.

TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA OS COSTUMES

CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL

Estupro
Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
Pena - reclusão, de seis a dez anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

Atentado violento ao pudor
Art. 214 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de seis a dez anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

A definição de conjunção carnal em direito é a penetração do pênis na vagina, desde que o pênis seja introduzido além do hímen ou que a relação resulte em gravidez. Ou seja, somente um homem pode estuprar uma mulher, qualquer violência sexual que uma mulher faça a um homem, que um homem faça a outro ou que uma mulher faça a outra é configurado como atentado violento ao pudor. Ambos são considerados crimes hediondos.

Você concorda com a legislação ?
Vote na enquete ao lado !

Comissão de imprensa

Conjunto de ações para manifestação estudantil

Diversos estudantes no dia da reunião do CONSUNI estarão vestidos com camisetas brancas com a frase "Na UFBA? Foi comigo !". A escola de belas artes já se mostrou solidária ao movimento. Seria de grande ajuda se qualquer pessoa da comunidade acadêmica tiver uma camiseta branca velha pintasse essa frase e comparecesse á reunião do CONSUNI, na terça pela manhã, vestido nela.

Outra ação que todos nós podemos fazer é colocar o seguinte texto em nossos perfils.

Na UFBA? Foi Comigo !

Todos nós, membros da comunidade acadêmica e dos entornos da universidade, nos sentimos violentados devido ao estado que chegou a segurança dentro dos campi da UFBA. Não existe segurança para nós estudantes, a única guarda existente nos campi é para a segurança do patrimônio da Universidade.

Junte-se a nós na luta, e coloque esse pequeno texto no seu perfil

Se possível, colocar o "Na UFBA? Foi Comigo!" no status

Quem puder, coloque também a imagem deste tópico em seus álbuns e etc. Existe uma versão maior que pode ser conseguida no perfil da comissão ou então, por email, basta deixá-lo aqui

Criem outros textos, imagens e etc. que podemos divulgar no blog

Comissão de imprensa emergencial

Pauta da reunião em Dança do dia 21/08, ás 15h30m

No dia 21/08, ás 15h30 foi realizada na escola de dança uma reunião para debater o assunto Mídia.

Nesta reunião, foram discutidas diversos assuntos sobre o tema, como a veiculação de informações sensacionalistas e/ou deturpadas sobre o caso, o episódio do vice-reitor mesquita e etc.

Basicamente, foram tomadas as seguintes decisões:

  • Instauração do Fórum Permanente de Combate à violência;
  • Ocupação pelo fórum de lugares conhecidamente perigosos e de convivência e/ou trânsito de estudantes, como a mata e as trilhas próximas à escola de dança, a escada de arquitetura e engenharia e etc.;
  • Criação de uma comissão de mídia emergencial, para tratar do caso, criando estratégias de contato com a mídia oficial e de ação na mídia alternativa, como a criação de um blog, a de um perfil no orkut e etc., além de recolher materiais (clipagem) sobre o tema como notícias, fotos, vídeos, pautas e atas de reuniões e assembléias. Qualquer contato com a mídia oficial deve ser repassado para a comissão de imprensa, para que esta saiba busque estratégias de ação.
  • Ao invés de greve, instauração de um “estado de emergência”, inicialmente em dança, mas que deva se estender a diversas escolas. Neste “estado de emergência”, as aulas serão substituídas por reuniões como o Fórum Permanente de Combate à violência.

Comissão de imprensa emergencial

Um texto especial...

Hoje, por volta das 14 hrs, recebi via scrap um texto de um perfil aparentemente falso chamado "memes sakaki sakaki" e decidimos publicá-lo no blog.

Foram feitas algumas correções ortográficas e a tentativa de conserto de alguns períodos. Quem desejar ver o texto na íntegra, ele estará disponível na página de recados do perfil da comissão de imprensa (http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=11266910226069189676)

Olá, pessoal


Bom, eu tenho andado muito mal com os acontecimentos destes últimos dias... E é diante do fato ocorrido com nossa amiga, que venho confessar-lhes minha iracividade, estou demasiadamente triste mais aborrecido e envergonhado com o movimento estudantil.
Nossa! Quanta vergonha! Quanta falta de sensatez de alguns colegas... Sinto muito mas tenho minha vida, assim como cada um responde pela sua. Se for para disputarmos ascensão política, não contém mais com minha força. Porque penso que não podemos perder tempo ou fazer deste caso mais um ato de politicagem. Percebo que alguns de nós necessitam ser mais humanos (não dizendo que vocês não sejam).

Bem, o que quero dizer é que não dá para discutir e lutar por algo tão HUMANO e ESSENCIAL quando se há jogo de interesse político. Não dá para ficar brigando por quem vai ocupar o lugar na mesa ou monopolizar o debate, porque ele é direito de todos. . ...Isso não interessa!! O importante não é ocupar a mesa, se D.C.E, se D.A`S, C.A´S ou alunos da escola de dança, e sim, é discutir a questão da vida, da integridade humana, da violência em nossa sociedade e a atual conjuntura da segurança de nossa universidade. É preciso lembrar que estamos vulneráveis ao risco de morte e perda da dignidade humana, assegurados na constituição! Então, não dá para lutar por politicagem ou hastear bandeiras e fazer apologia política.

Sinto muito, mas esse tipo de interesse não cabe diante de um fato tão REPUGNANTE, MONSTRUOSO e CRUEL que aconteceu com nossa amiga e tantas outras pessoas que desconhecemos! Logo, por favor! Eu imploro, Sejamos mais sensatos e humanos! Vamos usufruir da nossa inteligência que é o que faz sermos chamados de ANIMAIS RACIONAIS e estarmos no patamar da ESPÉCIE HUMANA! Ou então, é melhor retrocedermos a era CENOZÓICA e voltarmos a ser ANTROPÓIDES, porque é por levantar bandeiras que o mundo está se ACABANDO, está em XEQUE. É por conta da HEGEMONIA, de Capitalismo, Socialismo e Comunismo que matamos e destruímos nosso Planeta e nossa Espécie. Vamos parar para refletir!. Estamos esquecendo o grande valor da vida. Pra quê guerra? Pra quê partido? O por quê temos degladiados por PODER ?

Gente, "TODA FORMA DE PODER É UMA FORMA DE MORRER POR NADA"! Entretanto, é louvável a iniciativa de todo o pessoal da escola de dança: professores, alunos, funcionários e os estudantes da UFBA que têm comprado essa luta sem levantar qualquer outro tipo de bandeira a não ser a da PAZ e da DIGNIDADE HUMANA!

Comissão Emergencial de Imprensa

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Documentos criados e lidos pela escola de dança da UFBA agora estão disponíveis online

Na última quarta-feira, foi realizada na sala de video conferência do PAF 3 a primeira reunião de caratér emergencial do CONSUNI (Conselho Estudantil). A sala estava completamente ocupada por estudantes e conselheiros. Ao ter a vez de fala, Dulce Aquino, diretora da escola de dança e membra do conselho divulgou 3 documentos, lidos por ela e pela professora presente da escola de dança, Leda Muhana. Segue abaixo uma cópia do conteúdo dos documentos:

1º documento: Carta direcionada ao vice-reitor, Francisco José Gomes Mesquisa, exigindo retratação pública perante seus depoimentos públicos

Of. n.º 98/08

Dan/Direção

Salvador, 22 de agosto de 2008.

Ao Sr.

Francisco José Gomes Mesquita

Vice-Reitor

UFBA

Prezado Vice-Reitor,

De acordo com a deliberação da Congregação da Escola de Dança, reunida em 21 de agosto de 2008, solicitamos a V.S.ª uma retratação à Comunidade da Escola de Dança em nota pública e pessoalmente na Reunião do Conselho Universitário do dia 26.08.08 em virtude de vossa resposta ao grupo de discentes e docentes da Escola de Dança acerca do fato gravíssimo ocorrido com a estudante da Escola no dia 19.08.08 referindo-se ao local do acontecimento como “propício” para que o fato acontecesse, devido aos trajes lá utilizados e ao “foco de maconha” supostamente existente. A Comunidade da Escola de Dança clama por essa retratação.

Atenciosamente,

Dulce Aquino

Diretora da Escola de Dança



2º Documento: Carta direcionada ao conselho universitário onde a escola de dança manifesta repúdio ás declarações emitidas pelo vice-reitor Francisco José Gomes Mesquita.

Salvador, 20 de agosto de 2008.

Ao Conselho Universitário,


A Congregação da Escola de Dança, reunida em 20 de agosto de 2008, às 11h00, manifesta sua indignação com o depoimento do Vice-reitor, Prof. Francisco José Gomes Mesquita, ao ser informado do fato gravíssimo ocorrido no dia 19 de agosto de 2008, no Campus de Ondina, em que discriminou e difamou a comunidade universitária, em especial a Escola de Dança, referindo-se ao local do acontecimento como “propício” para que o fato acontecesse, devido aos trajes utilizados e ao “foco de maconha” supostamente existente.

Lamentamos que um profissional numa posição de alta responsabilidade da nossa Universidade tenha como primeira resposta à comunidade transferir a responsabilidade do ocorrido à própria vítima, não reconhecendo o fato como um problema de segurança dentro do Campus Universitário.

Carla Leite

Presidente da Congregação

em Exercício



3º Documento: Documento ao reitor Naomar Almeida Filho em que a escola de dança encaminha ao conselho recomendações de ações para serem executadas em caráter emergencial nos campi da UFBA.

Of. n.º 97/08

Dan/Direção

Salvador, 20 de agosto de 2008.

Ao Sr.

Prof. Dr. Naomar Monteiro de Almeida Filho

Magnífico Reitor da UFBA

Magnífico Reitor,


A Congregação da Escola de Dança, em reunião extraordinária realizada em 20 de agosto de 2008, às 11hs, deliberou encaminhar ao Conselho Universitário as seguintes recomendações de providências urgentes de segurança nos campi da UFBA:

· Mapeamento das áreas vulneráveis do Campus de Ondina;

· Gradeamento padrão em torno de toda a área do campus com reforço de arame farpado em pontos específicos de menor circulação;

· Guaritas de observação, elevadas, em pontos estratégicos cobrindo toda a área do campus e equipada com aparelhos de comunicação direta com a reitoria;

· Rondas contínuas em toda a área do campus no seu horário de funcionamento equipadas com aparelhos de comunicação;

· Iluminação eficaz cobrindo toda área do campus;

· Limpeza e manutenção ecologicamente apropriada das áreas verdes;

· Ampla divulgação, junto à comunidade universitária, de todas as ocorrências de violência no campus;

· Elaboração e divulgação de um protocolo de comportamento coletivo de prevenção à violência no campus;

· Exigir treinamento e requalificação do pessoal da empresa de segurança enfatizando interação respeitosa com todos usuários da universidade;

· Abertura de um amplo debate sobre a presença de segurança armada no campus;

· Autorização da presença de Polícia Ambiental realizando ronda em toda a área do campus;

· Autorização de acesso da Polícia Civil ao campus, em casos de ocorrências;

· Adoção de programas de ocupação e uso ecologicamente adequado dos espaços e áreas verdes do campus;

· Fomentar e divulgar políticas e posturas individuais de prevenção á violência;

· Adotar estratégias de divulgação de qualquer e todas incidências de violência e elaborar estratégias e práticas preventivas.


A Congregação posiciona-se veementemente contrária a:

· presença da Policia Militar no Campus;

· desmatamento ou desfiguração das áreas verdes do campus bem como à instalação de cercas de impedimento do acesso a essas áreas.

Carla Leite

Diretora em Exercício


Comissão de Imprensa UFBA

Fórum Permanente de Combate à Violência é instaurado na UFBA

No dia 21 de Agosto, ás 11 hrs foi deliberado em reunião de congregação da escola de dança, a instauração de um "Estado de emergência" e a instalação de um fórum permanente de Mobilização contra a Violência na UFBA. Segue abaixo uma carta realizada na reunião, direiconada à toda comunidade

Aos professore, estudantes e técnicos-administrativos da
Escola de Dança
Informamos que em reunião extraordinária da Congregação da
Escola de Dança realizada hoje, 21.08.08, às 11h00 foi deliberado que a Escola
de Dança entra em "ESTADO DE EMERGÊNCIA" e instala a partir de amanhã,
22.08.08, às 09h00 um Fórum Permanente de Mobilização contra a Violência nos
Campi da UFBA, portanto, todas as atividades acadêmicas se converterão em ações
do Fórum.
Chamamos atenção de que esse Fórum pretende abrigar
discussões, esclarecimentos e debates sobre a nossa situação de vulnerabilidade,
cuja programação será decidida coletivamente amanhã, 22.08.08, no turno
matutino.
Aguardamos a presença de todos
A direção
Abaixo, segue a programação que será iniciada nesta segunda-feira, na Escola de Dança, na Av. Adhemar de Barros, s/n

Programação Inicial do Fórum Permanente de Combate à Violência
Segunda-feira 25/08/2008
  • 9:00h – Mesa redonda com Elonisa Costa e Maria Eunice Xavier Kalil, ambas integrantes do Fórum Comunitário de Combate à Violência e Débora Coin do Projeto Viver. Em paralelo a mesa redonda acontecerá uma Análise do Plano de Segurança proposto pelo Reitor à Comunidade Acadêmica;
  • 14:30 – Debate com Aninha Franco, escritora e Bacharel em Direito;
  • 15:30 – Programação Interna da Escola de Dança.

A presença de toda a comunidade (universitária ou não) é de grande importância

Comissão de Imprensa Emergencial

Escola de Dança elabora plano para Conselho Universitário

No fim da tarde hoje (22), após solicitação dos membros do CONSUNI (Conselho Universitário), foi elaborada uma proposta de segurança para ser aplicada em caráter emergencial nos campi da UFBA. Segue abaixo uma cópia do e-mail, contendo a proposta criada, encaminhado para a diretora da escola e membra do conselho , Dulce Aquino:


Providências emergenciais de segura – Escola de Dança

As providências a seguir foram tomadas principalmente por estudantes da escola de dança, com a presença de membros de outras escolas e serão apresentadas em ordem de prioridade.

1) Mudança do caráter da guarda universitária, para a proteção da comunidade universitária (e de quem estiver em quaisquer campi da UFBA) não se limitando à guarda do patrimônio imóvel da UFBA
2) Iluminação de luz branca nos estacionamentos, trilhas, caminhos, estradas, ruas, unidades, caminhos entre unidades e escadas de acesso
3) Rondas de segurança equipadas com bicicletas, lanternas, walk´n´talk e apitos
4) Intensificação das rondas da polícia militar e civil nos arredores dos campi
5) Implantação de câmeras de segurança nas escadas de acesso aos campi e vias menos movimentadas (trilhas, caminhos entre prédios, etc.)
6) Registro de entrada de pessoas nas vias de acesso à UFBA (RG, nome e placa do carro)
7) Vigilância dos pontos de acesso não-oficiais (buracos nas grades, locais em que não houver grade, etc)
8) Caso não haja guardas suficientes para atender as reinvindicações acima, deverão ser contratados/convocados número maior de guarda.

Comissão de Imprensa Emergencial

Reunião do Consuni marcada para o dia 26/08, ás 8:00

A reitoria informou hoje que a reunião do CONSUNI (Conselho Universitário), será realizada no dia 26/08 (terça-feira), ás 8 horas da manhã, no Salão Nobre da Reitoria, no Canela. Nessa reunião serão discutidas quais serão as medidas de segurança que serão tomadas com caráter emergencial.

Foi encaminhado para cada escola que peça para que seus estudantes elaborem possíveis planos de ações emergenciais para serem aplicados nos campi da UFBA. Amanhã pela manhã (sábado)uma reunião será realizada entre todos os conselheiros para juntarem esses planos e elaborarem algo para ser apresentando na reunião do CONSUNI na terça de manhã.

Na segunda-feira, cada escola realizará uma reunião para determinar qual será seu posicionamento na reunião do CONSUNI.

Comissão de Imprensa da UFBA

Errata: A data correta é realmente dia 26/08, ás 8 horas. No momento de escrever, devo ter confundido com outra coisa. Por isso, peço desculpas

CONSUNI decide não aceitar a polícia militar nos campi da UFBA

Na reunião do CONSUNI (Conselho Universitário - formado por professores e servidores em maioria, e 10 alunos com o direito de representação estudantil) convocada com caráter emergencial no fim da tarde de quarta-feira (20) foi decidido por decisão unânime dos membros do conselho a não presença da polícia militar como segurança principal nos campi , com consenso do reitor Naomar de Almeida. A polícia militar poderia ter acesso aos campi em caso de alguma nova ocorrência, seja ela qual for.

A decisão foi tomada devido à grande quantidade de investigações e notícias por corrupção na polícia militar (envolvendo por exemplo o tráfico de drogas, chacinas, extorsão e etc.) à inflexibilidade do regimento próprio, à conhecida truculência e também ao histórico agressivo anterior de atividades dentro dos campi (como o ocorrido em 2001 na Faculdade de Direito).

Um dos objetivos propostos por membros do conselho foi a restauração da antiga guarda universitária, contratada através de concurso público e treinada corretamente para agir na comunidade que frequenta os campi, sejam eles membros da comunidade acadêmica ou dos entornos da universidade.

Comissão de Imprensa Emergencial

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Carta aberta à sociedade

No dia 20, foi repassado por email uma carta aberta à sociedade da Escola de Teatro da UFBA que será transcrita na íntegra a seguir


  CARTA ABERTA À SOCIEDADE

A Comissão Gestora do Diretório Acadêmico da Escola de Teatro da UFBA vem,através desta carta aberta, denunciar e cobrar providências à respeito do crime de violência sexual contra a mulher ocorrido no dia 19 de agosto de 2008, no *campus* de Ondina da Universidade Federal da Bahia.

O crime aconteceu pela manhã, no caminho que une a Escola de Dança ao Instituto de Letras da UFBA. Uma estudante do curso de Dança foi abordada por um homem armado, que obrigou à acompanhá-lo até o local onde a estuprou.
A estudante foi socorrida por professores e encaminhada à Delegacia para prestar queixa.

Lamentamos profundamente o ocorrido e disponibilizamos o nosso total apoio à vítima.

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER

A questão de gênero merece atenção especial. A violência sexual e agressão contra mulheres dentro e fora de seu domicílio atingem índices alarmantes e, portanto, merecedores de políticas públicas eficazes por conta do Estado e de denúncias por conta da sociedade.

O crime de estupro ocorrido no *campus* da Universidade Federal da Bahia, localiza-se entre tantos que - de forma lamentável - são cotidianamente cometidos contra a mulher.

Dentro e fora da UFBA as pessoas - qualquer pessoa - necessitam de proteção.

Exigimos dos órgãos responsáveis pela Segurança Pública do Estado e da Administração Central desta Universidade, as medidas de proteção e segurança necessárias.

SEGURANÇA NA UFBA

Não é a primeira vez que um crime de estupro é cometido nos *campi* da Universidade Federal da Bahia. Não é também o único caso de violência sexual ou agressão contra a mulher. Ao contrário, a UFBA tem sido cenário frequente de, além desses, crimes de assalto contra as pessoas que transitam por seus diversos *campi*.

Dessa maneira, faz-se necessário, com urgência, a concretização de medidas de segurança já aprovadas em Conselhos Superiores desta Universidade e ainda não implementadas pela atual Administração Central. Este crime poderia ter sido evitado caso as deliberações do Conselho Universitário já tivessem sido colocadas em prática.

Acreditamos que as medidas de proteção e segurança que se fazem urgentes, não passam por entricheirar ou isolar a UFBA da comunidade (com muros,grades ou controles de acesso). Ao contrário, as medidas a serem adotadas devem vir de forma a transformar os *campi* da UFBA em espaços de socialização, convivência e trânsito de toda a comunidade, sem prejuízos às reservas de Mata Atlântica abrigadas nos *campi.* Ou seja, fazer da UFBA uma Universidade verdadeiramente Pública.

Para garantir a segurança e proteção das pessoas que transitam em seus *campi*, defendemos a criação de uma guarda universitária de caráter preventivo, com estatuto próprio, não terceirizada, concursada, não militarizada e gerida por conselho formado entre as três categorias: professores, funcionários e estudantes.

POSTURA DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Em declarações públicas à comunidade e à imprensa, os dirigentes máximos da Universidade Federal da Bahia tem revelado a maneira - no mínimo, desreipeitosa - com que tem tratado a questão.

Em reunião com estudantes, funcionários e professores, diante da imprensa, no salão nobre da reitoria logo após ter sido cometido o crime, o vice-reitor Francisco Mesquita amenizou a gravidade da violência alegando que a vítima estava em 'condições propícias ao crime'.

O reitor Naomar de Almeida Filho, em matéria do Correio da Bahia de 20/08/08 apresenta dados tão somente da segurança patrimonial terceirizada, e rsponsabilizando-se da segurança pessoal de toda comunidade que transita pelos *campi. *Acrescentou, ainda, que '*cada centavo que se gasta com segurança privada representa um recurso que deixa de ser investido na melhoria do ensino*', ignorando que para haver condições de ensino, pesquisa e extensão deve haver condições mínimas de trânsito nos espaços da universidade.

Mais uma vez lamentamos o fato ocorrido.

Estamos atentos aos espaços de discussão, construção e deliberação de políticas de segurança na Universidade Federal da Bahia.

Atenciosamente,

Comissão Gestora do Diretório Acadêmico da Escola de Teatro da UFBA