segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Institucionalmente, a UFBA não pode destinar ajuda financeira para a estudante violentada

Em uma reunião tensa, convocada por professores, alunos e a diretora da escola de dança para que o reitor prestasse esclarecimentos sobre o não-cumprimento das medidas ditas em assembléia, que previam custear qualquer necessidade que viesse assolar a vítima.

Na reunião, o reitor disse que, institucionalmente, é impossível a universidade arcar com qualquer forma de tratamento médico/psicológico particular, pensão ou qualquer outra forma de auxílio financeiro que não seja na forma da bolsa do projeto permanecer, pois seria impossível constar tal quebra de protocolo nas contas da universidade. A única ajuda que o reitor disse que poderia acontecer, em caráter institucional seria solicitar a FAPEX que o dinheiro da bolsa permanecer da qual a vítima tem direito e que está atrasado desde junho fosse liberado, para auxiliar nos custos, principalmente de transporte (este seria o único auxílio financeiro que a universidade pode dar legalmente). Outro parecer foi de que o único tratamento médico que ele poderia oferecer seria no Hospital Universitário, pois seria impossível incluir nas contas da universidade tal gasto, mesmo com o caráter emergencial. Como a estudante se encontra em outro estado, o mesmo entrou em contato com o reitor da universidade federal do local, solicitando que a estudante fosse atendida nele, e o outro reitor garantiu o tratamento. A estudante saiu do estado para poder se recuperar e se afastar um pouco do stress que viveu essas últimas semanas.

Um dado relevante que o reitor não soube explicar foi como a universidade pode arcar com três passagens aéreas para a vítima e para a família.

A vítima e a família têm passado diversos transtornos financeiros, por ter que gastar com passagens aéreas, ligações interurbanas, muitas vezes para celulares em horário comercial, custear o aluguel da casa em Salvador e as despesas no local em que se encontra, e o único meio de transporte que ela pode usar é o taxi, por que a família não possui carro e também por que a vítima tem tido diversos efeitos colaterais que chegam a impossibilitá-la de andar e comer, devido a forte medicação, excluindo assim o transporte público. Sem escolha, a estudante teve suspender um remédio importante por não poder ir num hospital e não aguentar os efeitos colaterais do mesmo.

Como caráter emergencial, estudantes, funcionários e professores juntaram-se para ajudar financeiramente a vítima.

Comissão de Imprensa

2 comentários:

Unknown disse...

Meu Deus do Céu!!! Onde estamos?!
É realmente muito revoltante toda essa situação! Não basta a violência física?! Ninguém precisa passar por tamanho transtorno. Não podemos deixar essa questão esfriar, não precisamos de mais violência para nos mobilizar, já basta a violência cotidiana!

~ana pi~ disse...

qual é o e-mail de vocês?
recebi um ótimo texto de um amigo que considero interessante de ser publicado.